segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Pe. Agostinho, fundador da Pastoral Operária

Padre Agostinho (foto: IHU Unisinos)
Faleceu no final da tarde dessa quinta-feira, dia 6, o fundador da Pastoral Operária, Padre Agostinho Pretto, aos 87 anos. Agostinho Pretto nasceu em 28 de março de 1924, na cidade de Encantado, no Rio Grande do Sul. Foi ordenado padre em 30 de novembro de 1953.
Padre Agostinho foi uma das principais lideranças da Juventude Operária Católica, sendo, na década de 1960, Assessor Nacional e depois Latinoamericano da JOC. Em 1970, foi preso pela ditadura militar, juntamente com outros militantes da JOC. Estas prisões levaram a Igreja Católica, em todo o Brasil para uma linha de crítica e de oposição à ditadura.
Em 1974, Padre Agostinho Pretto vem para Nova Iguaçu, trabalhar com Dom Adriano Hipólito, de quem se tornou grande amigo e colaborador. Agostinho fundou a Pastoral Operária e exerceu durante muitos anos a coordenação nacional do movimento. Foi fundador também da Associação Nacional de Presbíteros, sendo o primeiro presidente da instituição. Durante mais de 20 anos foi o pároco da Catedral de Santo Antonio.
Padre Agostinho era pároco da Paróquia São José Operário, no bairro Califórnia.
Lutador, visionário, solidário, humanista, libertador, incansável, corajoso, sonhador. Padre Agostinho Pretto esteve presente nas grandes conquistas do povo trabalhador da Baixada Fluminense, do Brasil e da América Latina. Estará sempre presente nos sonhos e na perseverança daqueles que lutam por mundo diferente, possível e necessário.

Nota da Pastoral Operária:
Pe. Agostinho Pretto, referência na luta dos Trabalhadores e das Trabalhadoras todo Brasil. A história de Pe. Agostinho se confunde com a história da Pastoral Operária. Ordenado padre em 30 de novembro de 1953, Pe. Agostinho foi convidado a organizar a Juventude Operária Católica (JOC) no RS. Dez anos depois, em 1963 mudou-se para o Rio de Janeiro onde passou a trabalhar como assistente eclesiástico nacional da JOC.
Com o golpe militar de 64, a ditadura passou a perseguir os setores progressistas da Igreja Católica. Em 1970, as sedes da JOC e demais pastorais sociais foram lacradas pela polícia em todo o Brasil, tendo vários de seus dirigentes e assistentes eclesiásticos presos e torturados, entre eles Pe. Agostinho.
No final dos anos 70, o movimento operário se rearticula no Brasil e inicia-se o trabalho de organização da Pastoral Operária, especialmente na região sudeste. Pe. Agostinho compreende o papel histórico da Pastoral e não mediu esforços para organiza-la em todo o Brasil.
Pe. Agostinho é uma referência de amor pela causa, que deve ser seguido por todos que acreditam e buscam a transformação social.
Pastoral Operária

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