Nosso estado enfrenta mais uma seca. É bem certo que secas sempre existiram, mas não como agora, uma seca atrás da outra. E o que é pior todos sofremos na pele as altas temperaturas, a estiagem, sejamos nós defensores do planeta ou não, afinal de contas moramos na mesma casa. Falamos isso por que as conseqüências são para todos nós, para quem cuida do planeta e para quem não está nem aí. Bom se pudesse ser diferente, quem adotasse práticas de conservação seria poupado da seca e quem não cuidasse como deveria pagaria pelas consequências. Mas o planeta é realmente perfeito, e exige atitudes de todos nós, sejamos da roça ou da cidade.
Também é verdade que não inventamos a seca, mas também é verdade que interferimos na natureza de tal forma a alterar o clima do planeta. Causando secas mais longas e freqüentes, ou outros desequilíbrios que acarretam tempestades, excesso de chuvas em determinadas regiões. Enquanto amargamos a seca aqui no sul, no centro-oeste brasileiro o povo sofre com temporais e enchentes. Em 4 de janeiro de 2010 o Vale do Taquari, o Vale do Rio Pardo e outras regiões sofreram uma das maiores enchentes das últimas décadas.
Não é possível evitar uma seca, mas boas práticas assumidas por todos nós amenizam seus efeitos. Citamos algumas: coleta seletiva do lixo e sobre tudo produzir menos lixo, mudar o padrão de consumo, conservar mais áreas com florestas nativas e áreas maiores, proteger fontes e nascentes especialmente rios com floresta ao redor e produzir com diversificação nas propriedades e apostar na agroecologia.
É de conhecimento de todos que se todo o mundo tiver o padrão de consumo que os americanos tem hoje, precisaremos de 3 planetas terra para dar conta. Infelizmente o mundo caminha nesta direção. Latifúndios repletos de monoculturas de eucalipto, acácia ou pinus são altamente prejudiciais ao meio ambiente. Lembramos que o Brasil é campeão mundial de uso de agrotóxicos desde 2007, não se surpreendam se em breve seremos campeões de índice de câncer. Tudo isso contribui para as mudanças climáticas.
Na prática quem está sofrendo mais com a seca são os pequenos agricultores e agricultoras e são justamente os que mais preservam. A Comissão Pastoral da Terra, Diocese de Santa Cruz do Sul-RS, acompanha diretamente pequenos agricultores e jovens da roça procurando ajudá-los a melhorar seu trabalho para ter uma vida melhor, incentivando o trabalho de agroecologia e alternativas que sejam melhores para a vida do camponês e para o meio ambiente. É triste ver a situação destes pequenos agricultores que perderam praticamente tudo, pois a maioria não tem seguro, como é o caso de muitos agricultores que plantaram milho crioulo e outras variedades sem financiamentos. Quem vai ajudá-los? Parece que o auxílio será para quem teve financiamento do governo. E os outros ficarão excluídos?
Até bem pouco a maioria dos gaúchos pensava que seca era só problema dos nordestinos, hoje todo mundo sabe que a seca mais cedo ou mais tarde vai chegar. O mesmo se pensava sobre cisterna, a maioria dizia “cisterna prá quê”, hoje muitos começam a admitir a idéia de construir uma. Os antigos agricultores tinham cisternas, não é novidade, mas com as “modernidades”foi se desprezando os conhecimentos do povo.
Temos orgulho em ter organizado a construção das 1ªCisterna de Placas do RS, feita em 4 dias através de mutirão e com capacidade para 18.000 litros, adotamos o mesmo modelo do nordeste que é ideal para uma família de pequenos agricultores. Na ocasião trouxemos um pedreiro da Paraíba, que ensinou vários agricultores as técnicas de construção. A cisterna foi construída em fevereiro de 2006 na propriedade de José Fernando Jorge da Silva, o Nandi, na comunidade da Divisa em Pântano Grande-RS. De lá prá cá Nandi enfrentou a seca com mais segurança, pois teve água potável especialmente para beber e cozinhar. Também ajudou os vizinhos. Assim também foi a Cisterna construída na semana seguinte, no Assentamento Padre Réus de Encruzilhada do Sul, depois na casa da família dos jovens André e Carlos Fischborn de linha 24 de fevereiro município de Vale do Sol-RS e 2 em Venâncio Aires na família de Anderson Posselt de linha Andreas. Todas cumprem função social.
Hoje são várias Cisternas de Placas construídas em todo o RS, experiência que começou aqui e que foi a maioria paga por recursos próprios dos agricultores ou com apoio da Cáritas/RS e Fundo Nacional de Solidariedade, que é dinheiro da Campanha da Fraternidade. Se dependesse do governo Federal, Estadual e da maioria dos municípios não tinha nenhuma cisterna construída, com exceção de Lagoa Bonita do Sul-RS que a prefeitura priorizou a construção de cisternas.
O custo médio para construir uma Cisterna de Placas como esta, feita em mutirão e em forma de oficina capacitando mais pessoas é R$2.500,00, podendo baixar os custos dependendo da realidade.
A Comissão Pastoral da Terra defende que cada família de pequeno agricultor tenha no mínimo 1 cisterna em sua propriedade e que os Governos se comprometam em liberar recursos para viabilizar os projetos, pois água é um direito de todos e um bem essencial à vida.
Comissão Pastoral da Terra, Diocese de Santa Cruz do Sul
Aos interessados - Contato 051-91466134 e-mail penaterra@ibest.com.br
Janeiro de 2012
Também é verdade que não inventamos a seca, mas também é verdade que interferimos na natureza de tal forma a alterar o clima do planeta. Causando secas mais longas e freqüentes, ou outros desequilíbrios que acarretam tempestades, excesso de chuvas em determinadas regiões. Enquanto amargamos a seca aqui no sul, no centro-oeste brasileiro o povo sofre com temporais e enchentes. Em 4 de janeiro de 2010 o Vale do Taquari, o Vale do Rio Pardo e outras regiões sofreram uma das maiores enchentes das últimas décadas.
Não é possível evitar uma seca, mas boas práticas assumidas por todos nós amenizam seus efeitos. Citamos algumas: coleta seletiva do lixo e sobre tudo produzir menos lixo, mudar o padrão de consumo, conservar mais áreas com florestas nativas e áreas maiores, proteger fontes e nascentes especialmente rios com floresta ao redor e produzir com diversificação nas propriedades e apostar na agroecologia.
É de conhecimento de todos que se todo o mundo tiver o padrão de consumo que os americanos tem hoje, precisaremos de 3 planetas terra para dar conta. Infelizmente o mundo caminha nesta direção. Latifúndios repletos de monoculturas de eucalipto, acácia ou pinus são altamente prejudiciais ao meio ambiente. Lembramos que o Brasil é campeão mundial de uso de agrotóxicos desde 2007, não se surpreendam se em breve seremos campeões de índice de câncer. Tudo isso contribui para as mudanças climáticas.
Na prática quem está sofrendo mais com a seca são os pequenos agricultores e agricultoras e são justamente os que mais preservam. A Comissão Pastoral da Terra, Diocese de Santa Cruz do Sul-RS, acompanha diretamente pequenos agricultores e jovens da roça procurando ajudá-los a melhorar seu trabalho para ter uma vida melhor, incentivando o trabalho de agroecologia e alternativas que sejam melhores para a vida do camponês e para o meio ambiente. É triste ver a situação destes pequenos agricultores que perderam praticamente tudo, pois a maioria não tem seguro, como é o caso de muitos agricultores que plantaram milho crioulo e outras variedades sem financiamentos. Quem vai ajudá-los? Parece que o auxílio será para quem teve financiamento do governo. E os outros ficarão excluídos?
Até bem pouco a maioria dos gaúchos pensava que seca era só problema dos nordestinos, hoje todo mundo sabe que a seca mais cedo ou mais tarde vai chegar. O mesmo se pensava sobre cisterna, a maioria dizia “cisterna prá quê”, hoje muitos começam a admitir a idéia de construir uma. Os antigos agricultores tinham cisternas, não é novidade, mas com as “modernidades”foi se desprezando os conhecimentos do povo.
Temos orgulho em ter organizado a construção das 1ªCisterna de Placas do RS, feita em 4 dias através de mutirão e com capacidade para 18.000 litros, adotamos o mesmo modelo do nordeste que é ideal para uma família de pequenos agricultores. Na ocasião trouxemos um pedreiro da Paraíba, que ensinou vários agricultores as técnicas de construção. A cisterna foi construída em fevereiro de 2006 na propriedade de José Fernando Jorge da Silva, o Nandi, na comunidade da Divisa em Pântano Grande-RS. De lá prá cá Nandi enfrentou a seca com mais segurança, pois teve água potável especialmente para beber e cozinhar. Também ajudou os vizinhos. Assim também foi a Cisterna construída na semana seguinte, no Assentamento Padre Réus de Encruzilhada do Sul, depois na casa da família dos jovens André e Carlos Fischborn de linha 24 de fevereiro município de Vale do Sol-RS e 2 em Venâncio Aires na família de Anderson Posselt de linha Andreas. Todas cumprem função social.
Hoje são várias Cisternas de Placas construídas em todo o RS, experiência que começou aqui e que foi a maioria paga por recursos próprios dos agricultores ou com apoio da Cáritas/RS e Fundo Nacional de Solidariedade, que é dinheiro da Campanha da Fraternidade. Se dependesse do governo Federal, Estadual e da maioria dos municípios não tinha nenhuma cisterna construída, com exceção de Lagoa Bonita do Sul-RS que a prefeitura priorizou a construção de cisternas.
O custo médio para construir uma Cisterna de Placas como esta, feita em mutirão e em forma de oficina capacitando mais pessoas é R$2.500,00, podendo baixar os custos dependendo da realidade.
A Comissão Pastoral da Terra defende que cada família de pequeno agricultor tenha no mínimo 1 cisterna em sua propriedade e que os Governos se comprometam em liberar recursos para viabilizar os projetos, pois água é um direito de todos e um bem essencial à vida.
Comissão Pastoral da Terra, Diocese de Santa Cruz do Sul
Aos interessados - Contato 051-91466134 e-mail penaterra@ibest.com.br
Janeiro de 2012
Graças a Deus, a chuva voltou.
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